terça-feira, 21 de julho de 2009

Repressão e tortura na China "Democrata".

A ditadura comunista chinesa é a mais emblemática e curiosa da história, pois consegue atrair admiração de pessoas que imaginamos inteligentes, intelectuais, gabaritadas. Durante todo o curso superior ouvi professores "rasgarem seda" ao sistema político do país, uma verdadeira vergonha. Repressão, tortura, prisões por motivos políticos, censura (inclusive a internet) e rígido controle midiático. Este é um pequeno cardápio da realidade política chinesa, tão ovacionada por nossa esquerda, ao menos pela parte burra (a maior). Durante a leitura de um periódico vi uma nota sobre a repressão aos praticantes de Falun Dafa pelo governo chinês.
Falun Dafa ou Falun Gong é uma espécie de prática meditativa, reúnem-se para meditação e atingir o bem-estar interior, com alguns exercícios físicos e mentais. Não sendo uma religião ou seita, pode ser classificado como uma sociedade ou irmandade que busca o bem-estar.
Por ser ligado ao budismo e ter adquirido milhares de adeptos em pouco tempo de difusão na China, o Partido Comunista Chinês, na figura de seu líder Jiang Zemin, proibiu a prática no país, alegando ser uma espécie de movimento religioso-político contrário ao regime comunista, praticando perseguições, prisões arbitrárias, tortura e confinamento em campos de trabalhos forçados (alguma semelhança com a política nazista não é mera coincidência). Até a presente data, o número aproximado de vítimas fatais das torturas praticadas pelo departamento de repressão chinês contra praticantes de Falun Dafa é 4000, uma vergonha para a comunidade internacional e sociedades de direitos humanos. Mas a China é um país misterioso, um regime meio complicado, como dizem os amantes brasileiros do regime chinês. O curioso é que quando se fala na repressão militar aos opositores do regime autoritário que vigorou de 1964 a 1985, a esquerdona é a primeira a levantar a bandeira dos direitos humanos, falando-se em punições aos torturadores (mais do que justo) e revisão da lei de anistia de 1979. Por que será que ninguém divulgou isso até hoje? Por que nenhum esquerdista entusiasta do regime chinês questionou a tal perseguição política sofrida pelos membros desta comunidade meditativa?
O problema não é a militancia em favor das punições por aqui, até porque sou a favor de que se punam todos os que cometeram crimes durante o regime de exceção, mas sim a verdade escamoteada por detrás da militancia política e ideológica que a esquerda faz questão de guardar debaixo do tapete quando se trata de abusos por parte de seus pares. Isso sem falar em Cuba, aqui na nossa cara.

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